As borboletas me encantam, não só pela beleza delas, mas por todo sacrifício que passam para poderem voar.
A lagarta procura um local adequado e seguro para poder virar um casulo, então fica lá no escuro, talvez sonhando com o que será de seu futuro, que cor serão suas asas, como será a vista lá de cima, como será dançar no ar. Enquanto ela sonha, o tempo passa, até o momento em que a casca do casulo começa a ceder, pois as asas já cresceram, empurra, empurra, até que o casulo se quebra, deixando assim as asas abrirem. Agora vem outra parte, dolorosa, a expectativa de conseguir se livrar do casulo, algumas não conseguem e morrem pregadas no casulo sem poder voar. Mas se consegue ela abre as asas coloridas e alça vôos, altos, distantes, ao redor dos belos jardins, das mais bonitas flores. Seu objetivo finalmente foi alcançado e agora ela é finalmente o que sempre quis ser: Borboleta.
Assim somos nós. Assim sou eu. Borboleta saindo do casulo, pronta a realizar sonhos...
Para complementar uma poesia de uma autora que admiro demais Yêda Schmaltz:
Asas
"Meu compromisso
de esteta
dilui-se em me ser
poeta
desobedecendo a
medida.
(Meu compromisso
de
vida
quer a fruta
proibida.)
Meu compromisso
de estrela:
dá-me asas
borboleta,
assim
eu serei mais bela.
(Pérolas falsas esbanjo,
vidrilhos,águas marinhas de vidro:
meu compromisso de estrela.)
Dá-me as asas
borboleta
pois recuso-me
a ser anjo. "
DEPOIS DE UM CASULO, SEMPRE VIRÃO ASAS!
DEPOIS DO SOFRIMENTO, SEMPRE VIRÃO BENÇÃOS!
BEIJOS E ÓTIMA SEMANA...
Nenhum comentário:
Postar um comentário