"Quero escrever o borrão vermelho de sangue
com gotas e coágulos pingando
de dentro para dentro.
Quero escrever amarelo-ouro
com raios de translucidez.
Que não me entendam
pouco se-me-dá.
Nada tenho a perder.
Jogo tudo na violência
que sempre povoou,
o grito áspero e agudo e prolongado,
o grito que eu,
por falso respeito humano,
NÃO DEI.
Mas aqui vai o meu berro
me rasgando as profundas entranhas
de onde brota o estertor ambicionado.
Quero abarcar o mundo
com terremoto causado pelo grito.
O climax de minha vida será a morte.
Quero escrever noções
sem o uso abusivo da palavra.
Só me resta ficar nua:
nada tenho mais a perder.
Faço da minha ídola minhas palavras.
Amooooo Clarice, sempre!!!!!!!!!!!!!!!!!
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