sexta-feira, 18 de setembro de 2009

QUASE CELEBRIDADE



Ontem fui ao Café literário promovido pela Lê Devolve. Foram poucas pessoas, mas as que estavam lá valiam todo o esforço que deve ter sido promover o evento.
Encontrei com a Renatinha Cullen (Presidente do fã clube Twlight), Tammy Gibson Jornalista, a minha querida editora Izaura, fui apresentada a algumas pessoas, e meu livro já está realmente sendo esperado. Agora, depois de ontem, pude perceber que é real, algo que posso, tocar, como se o sonho não fosse só aquela névoa, mas algo concreto.


Meninas queriam tirar foto comigo, nervosas, ansiosas, mal sabiam que o prazer de tirar as fotos era todo meu, e por alguns instantes me senti uma quase celebridade.
Será que estou mesmo pronta pra isso tudo?
Deu um medinho parecia que tinham mil borboletas na minha barriga, será que vou aguentar quando criticarem meu livro, me criticarem, será que terei pés no chão para não desistir?
Ai, ai, confesso, fiquei com medo.
Sempre terão aqueles que gostarão e os que não gostarão, isso eu já sei. Mas quando a gente presencia uma mesa redonda, dá medo, tanta gente falando tanta coisa de você, do que você quis dizer ou o que você nem sonhou em pensar dizer.
Mas acho que isso faz parte.
Sempre dizem que o melhor da festa é esperar por ela.
Mas esses dias estão me deixando louca.
O livro não fica logo pronto. Dá muito trabalho, porque tem que sair impecável, aí a editora sofre, porque passa por mil processos o livro até que esteja pronto, e eu sofro, porque ele não fica logo pronto. rs
Mas no final dá tudo certo.
Como diz uma pessoa muito especial pra mim, "Chuta que é macumba!"
É, eu acho que tudo tenha um motivo de ser, talvez sem a doença Meyer ou saga, eu não tivesse campo, não tivesse público que quisesse ler aquilo que eu tenho a oferecer. E os fãs dela estão sendo tão receptivos quanto ao meu livro, que até assuta. Deve ser porque elas lerão e se identificarão porque a mocinha não mora nos EUA (e todo aquele esteriótipo) ou na Europa (todo romantismo), ela mora aqui, no Brasil, onde tem sol forte, onde tem um parque, onde tem boate, onde tem vampiros e onde tem anjos...rsrsrs
Sei que entre nós duas a Meyer e eu pesam algumas semelhanças engraçadas, mas não na obra, na vida.
Mas de qualquer forma, valeu ter ido, valeu ter conhecido pessoas, aprendido mais coisas, e assim a vida segue me levando como se ela fosse uma vela num beco escuro, mostrando a direção dia-a-dia.
Estou feliz porque tenho amigos e cada vez mais conheço novas pessoas que se tornam especiais pra mim, e entre a correria natural da vida, sempre um recadinho no orkut, umas palavrinhas no msn.
Vou seguindo meu caminho, talvez, tudo que eu tenha vivido até hoje, tenha sido uma preparação para este momento, o meu momento. E tudo de bom ou de ruim que aconteceu, foi para me ensinar a lidar com algo que ainda acontecerá.
E aí vale um poema da minha ilustríssima Cecília Meireles:

"Motivo

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:sou poeta.
Atravesso noites e dias no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei.
Não sei se fico ou passo.
Sei que canto.
E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:— mais nada.

Algumas fotos do evento para vocês darem uma olhada sobre o que estou falando
Tudo de bom gosto e requinte no Address Hotel:























































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